Expansão dos Fundos oceânicos
Charles Wyrville Thompson |
Fio de prumo |
Sonar |
Harry Hess |
Exemplo de Fundo Oceânico |
1 – Plataforma continental: zona ligeiramente inclinada, ainda pertencente ao continente, que geralmente não ultrapassa os 200 metros de profundidade;
2 – Talude continental: zona de transição entre o continente e o fundo oceânico, com declive mais ou menos acentuado
3 – Dorsal oceânica: enormes cadeias de montanhas submersas que, por vezes, têm uma altura tão elevada que emergem à superfície, ficando a cima do nível médio do mar (como os Açores, Ascensão e Tristão da Cunha);
4 – Planície abissal: vasta zona plana dos dois lados das dorsais, localizada à profundidade de 4000 a 5000 metros, que por vezes alberga picos isolados de vulcões submarinos, que podem atingir a superfície da água, originando ilhas vulcânicas;
5 – Rifte: fratura, vale profundo, no meio das dorsais oceânicas por onde ascende magma basáltico que origina novo fundo oceânico.
Fossas abissais: Fossa oceânica e zona de subducção |
1 – Fossas oceânicas: depressões profundas em que uma porção do fundo oceânico mergulha sob outra;
2 – Zona de subducão: depressão profunda em que uma porção do fundo oceânico mergulha sob um continente.
Teoria da Tectónica de Placas
Segundo a teoria da Tectónica de Placas, a superfície do planeta não é uma placa imóvel, como se supunha no passado. Hoje, acredita-se que a camada superficial da Terra, a litosfera, com 50 a 150km de espessura, seja formada por um mosaico de placas que “flutuam” e derivam sobre a astenosfera menos densa e “macia” a uma taxa de alguns centímetros por ano. A esta velocidade a astenosfera tem um comportamento dúctil. (Formosinho, 2007).
Um dos mais importantes princípios da teoria da tectónica de placas é que cada placa move-se como uma unidade distinta em relação às outras e assentam sobre uma zona do interior da Terra, a astenosfera. Ou seja, a litosfera desliza sobre esta camada de rocha mais plástica (astenosfera), parcialmente derretida, que se comporta como uma massa pastosa sobre a qual as placas "flutuam", permitindo assim o seu deslizamento, devido a correntes de convecção. (Wyllie, 1995).
Nas regiões onde as correntes são ascendentes, elas separam as placas e geram novo magma a partir de material do manto. Este magma arrefece e passa a formar a nova litosfera.
Onde as correntes de convecção possuem sentido descendente as placas convergem. Nestas situações, normalmente uma das placas mergulha sob a outra e é destruída no manto. A Nova litosfera é criada nas dorsais médio-oceânicas e a litosfera mais velha é deformada e consumida nas fossas abissais (zonas de subducção).
Bibliografia:
CARNEIRO, Roberto – Enciclopédia de Consulta Ativa Multimédia de
Ciências da Natureza. Lexicultural, 1997.
FORMOSINHO, Sebastião – Nos Bastidores da Ciência 20 Anos Depois.
Impressa de Universidade da Coimbra, 2007.
WYLLIE, P - A Terra: Nova Geologia Global. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 1995.
Placas Tectónicas
As placas tectónicas podem incluir crusta continental ou crusta oceânica, sendo que, tipicamente, uma placa contém os dois tipos. (Formosinho, 2007).
Segundo o mesmo autor, a distinção entre crusta continental e crusta oceânica baseia-se na diferença de densidades dos materiais que constituem cada uma delas; a crusta oceânica é mais densa devido às diferentes proporções dos elementos constituintes, em particular do silício. A crusta oceânica é mais pobre em sílica.
As placas tectónicas estão em constante movimentação (deslizam sobre o magma do manto), e ao movimentarem-se, interagem de diversas maneiras. Podem portanto convergir, deslizar entre si ou divergirem (Wyllie, 1995).
No caso das placas que divergirem (limite divergente), como acontece nos fundos oceânicos, o espaço entre elas é preenchido por magma, proveniente do manto.
Este fenómeno ocorre devido à ascensão de magma na zona de rifte, nas dorsais oceânicas, que ao solidificar afasta-se em sentidos opostos (devido à polarização).
No que diz respeito aos limites convergentes, as placas colidem uma com a outra ocorrendo destruição de crosta nas zonas de subducção, devido ao mergulho de uma placa sob a outra, ou a formação de cadeias montanhosas. A convergência pode ocorrer de três formas distintas, sendo elas a Convergência Oceânica-Continental, a Convergência Oceânica-Oceânica, bem como, a Convergência Continental-Continental (Formosinho, 2007).
No que diz respeito aos limites convergentes, as placas colidem uma com a outra ocorrendo destruição de crosta nas zonas de subducção, devido ao mergulho de uma placa sob a outra, ou a formação de cadeias montanhosas. A convergência pode ocorrer de três formas distintas, sendo elas a Convergência Oceânica-Continental, a Convergência Oceânica-Oceânica, bem como, a Convergência Continental-Continental (Formosinho, 2007).
Por fim, os limites transformantes ou conservativos correspondem a zonas definidas por duas placas que deslizam, horizontalmente, uma ao longo da outra, em sentidos opostos. Nestes limites não ocorre formação nem destruição de litosfera.
CURIOSIDADE:
As principais placas tectónicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas (Wyllie, 1995).
FORMOSINHO, Sebastião – Nos Bastidores da Ciência 20 Anos Depois.
Impressa de Universidade da Coimbra, 2007.
WYLLIE, P - A Terra: Nova Geologia Global. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 1995
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