Quem foi Alfred Wegener?
Alfred Lothar Wegener nasceu em Berlim a 1 de Novembro de 1880 e morreu na Gronelândia a 2 de Novembro de 1930. Foi um meteorologista alemão proponente da teoria da Deriva Continental.
A formação inicial de Wegener foi
feita na área da astronomia, concluindo
o doutoramento em 1904 na Universidade de Berlim. Contudo, sempre teve interesse
pela geofísica e tornou-se
também interessado nos campos emergentes da meteorologia e climatologia. Em 1924, Wegener
aceitou um lugar de professor de meteorologia e geofísica na Universidade Austríaca de Graz.
Criador da teoria da deriva continental, (1912), segundo a qual os continentes
ter-se-iam deslocado para oeste, esta teoria foi de extrema importância para o
desenvolvimento da Geofísica moderna. Durante as expedições realizadas à
Gronelândia, (1905/1908), desenvolveu as pesquisas que originaram a sua teoria
da Deriva Continental.
"A ciência é um processo social. Decorre numa
escala temporal mais longa do que a vida humana. Caso eu morra, alguém ocupará
o meu lugar. Se tu morreres, alguém ocupará o teu. O que realmente é importante
é que alguém faça o trabalho." — Alfred Lothar Wegener, pouco antes da sua morte.Para os argumentos morfológicos, demonstrou que existem cadeias montanhosas em continentes muito afastados, por exemplo as costas de África e da América do Sul encaixam como um puzzle, como observamos na imagem a baixo.
Os argumentos geológicos relacionam-se com a continuidade de formações rochosas em continentes hoje afastados. Para Wegener, isto demonstra a sua origem comum
Os argumentos paleontológicos baseiam-se no estudo de fósseis que apresentam uma distribuição particular, surgindo em regiões muito distantes e climas muito diferentes.
Os argumentos paleontológicos baseiam-se no estudo de fósseis que apresentam uma distribuição particular, surgindo em regiões muito distantes e climas muito diferentes.
Os argumentos paleoclimáticos relacionam-se com a presença de depósitos glaciares com a mesma idade e a existência dos mesmos fósseis em continentes afastados.
Críticas à Teoria de Wegener
“A la mente le agradan tan poco las ideas extrañas como las proteínas extrañas al cuerpo, y las resiste con similar energía” (Wilfred Trotter citado em "De la deriva de los continentes a la tectonica de placas" de Hallam).
Ou seja: À mente, desagradam-lhe tanto as ideias estranhas como as proteínas estranhas desagradam ao nosso corpo, e estas são repelidas com uma energia semelhante.
A teoria de Wegener foi desprezada durante cerca de meio século pela maioria da comunidade científica devido a:
a) Circunstâncias históricas e sociais – naquela época reinavam os valores imobilistas e esta teoria era claramente mobilista;
b) Não existir uma “língua universal” como hoje existe o Inglês. Wegener era alemão o que levou a uma incompreensão por parte dos cientistas que não falavam a língua;
c) Falta de acesso a meios de informação;
d) Falta de meios tecnológicos para a observação dos fundos oceânicos;
e) Não existir respostas para algumas questões que foram colocadas sobre esta teoria, como:
Qual a razão que levou à fraturação do supercontinente?
Qual o motor responsável pela deriva dos continentes?
A deriva continental ainda está em curso?
Porém os cientistas da época admitiam outra
hipótese que mais tarde se veio a provar falsa. Apoiavam, mesmo sem suporte de
evidências, a teoria das “pontes continentais”, ou seja, os continentes estavam
unidos por faixas de terra que com o passar do tempo, tinham ficado submersas,
explicando assim a semelhança entre fósseis em continentes muito afastados.
Esta teoria foi aceite durante muitos anos, deixando a teoria da Deriva
Continental posta de lado durante quase meio século.
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